terça-feira, 15 de maio de 2012

Estiagem deve provocar queda na produção de castanha de caju no RN

Estiagem deve provocar queda na produção de castanha de caju no RN

Seca está prejudicando a florada dos cajueiros no Rio Grande do Norte.
Safra de 2012 deve ficar em torno das 10 mil toneladas no estado.
Do Globo Rural - 15/05/2012 06h58
A estiagem que atinge o Nordeste está prejudicando a florada dos cajueiros no Rio Grande do Norte, o que deve causar queda na produção de castanha.

Sem chuvas regulares nos quatro primeiros meses de 2012, os 100 hectares de cajueiro do produtor Francisco Rufino Filho não irão florescer e a safra de castanha deste ano já está comprometida.

O município de Apodi é um dos maiores produtores de castanha de caju do Ri Grande do Norte e um dos que mais sofrem com a seca. Segundo o engenheiro agrônomo Antônio Tertuliano Oliveira, este ano choveu uma média de 200 milímetros na região, o que é muito pouco para o desenvolvimento das amêndoas. “Requer em torno de 600 a 1,2 mil milímetros para que haja uma produtividade satisfatória para o cajueiro”, diz.

A safra de castanha de 2012, que começa em setembro, deve ficar em torno das 10 mil toneladas no Rio Grande do Norte, segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado. Houve redução de 50% em relação às safras de 2010 e 2011.

A diminuição na produção deve afetar as pequenas usinas de beneficiamento de castanha no Rio Grande do Norte. Sem amêndoas e sem estoque suficiente, a expectativa é que muitas não consigam mais operar e fechem as portas. As grandes usinas devem importar castanha para manter a atividade em funcionamento.

A usina de beneficiamento de Mossoró importou da África seis mil toneladas de castanha no ano passado. Em 2012, a previsão é dobrar esse número. O empresário diz que o setor está muito instável. “O salário tem subido nessa variação cambial. Eu tenho 33 anos com castanha e estou vendo que está ficando difícil a nossa indústria”, avalia o empresário Francisco Assis Neto.

Campanha do caju "de mal a pior", alerta associação de agricultores.

Lusa 09 Mai, 2012, 16:57 – www.rpt.pt - noticias

O presidente da associação dos agricultores da Guiné-Bissau, Mama Samba Embalo, afirmou hoje que a campanha de comercialização da castanha do caju, principal produto de exportação do país, "vai de mal a pior".

Fazendo um balanço da campanha de caju à luz da situação de crise político-militar no país, decorrente do golpe de Estado militar de 12 de abril, Mama Samba Embalo disse que "se continuar a persistir o impasse os níveis da pobreza irão aumentar".

"Enquanto representantes dos agricultores, podemos dizer que a campanha está a correr muito mal. Vai de mal a pior. A pobreza ameaça a população do mundo rural. A castanha está a ser comprada abaixo do preço fixado pelo Governo", deposto, disse Embalo, também deputado no Parlamento.

O presidente da ANAG (Associação Nacional dos Agricultores da Guiné) disse que a situação se torna ainda mais complicada devido ao fluxo de pessoas das cidades para as zonas rurais, onde praticamente só se vive do caju.

"O preço de referência era 250 francos por quilograma, mas o caju é comprado abaixo desse preço, o que empobrece cada vez mais o produtor", sublinhou Mama Samba Embalo, explicando ainda que os empresários guineenses não participam na campanha deste ano.

"Apenas os empresários mauritanos e indianos é que estão a comprar, porque os operadores nacionais não tiveram crédito nos bancos comerciais por isso não conseguem participar na campanha", notou o responsável da ANAG.

"Os bancos não têm confiança no país, por isso não dão crédito aos empresários nacionais. Para piorar ainda mais as coisas, a castanha está a ser comercializada nas fronteiras para os países vizinhos, Guiné-Conacri, Senegal e Gâmbia", observou Embalo.

"Não há controlo das nossas fronteiras. O país está a perder muita riqueza. O índice da pobreza está a aumentar a cada dia que passa", salientou o presidente da ANAG, apontando números.

"Em 2011, por estas alturas do mês de maio, já tinham sido exportadas 16 mil toneladas de castanha através do porto de Bissau. Neste momento que vos falo, nem uma tonelada saiu pelo porto de Bissau", disse.

Mama Samba Embalo explicou que a campanha de 2011, considerada até pelo Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional como sendo a melhor de todas, ajudou o país a subir o nível da economia e a credibilidade externa.

"Produziram-se cerca de 200 mil toneladas, exportaram-se 167 mil toneladas no ano passado. A previsão deste ano era para 230 mil toneladas de exportação numa produção de cerca de 250 mil toneladas, mas tudo isso poderá ser uma miragem", defendeu Embalo.

"Ainda é possível recuperar a campanha se o problema for resolvido nos próximos dias, mas é impensável pensar que vamos poder conseguir alcançar a quantidade exportada no ano passado", acrescentou o presidente da ANAG, para quem a solução passa pela reposição das coisas tal como estavam antes do golpe de Estado.

"Queremos que seja reposta a ordem constitucional e seja reposto o Governo que foi derrubado", disse Mama Samba Embalo.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Estiagens atingem a produtividade dos cajueiros

02/05/2012 19h59 - Publicado no www.portalmercadoaberto.com.br  
As fortes estiagens verificadas no estado do Rio Grande do Norte irão refletir na produção de castanha-de-caju da safra 2012/2013, que começa a ser colhida a partir do mês de setembro próximo.
Em anos normais de safra, a produção do Rio Grande do Norte atinge, em média, 42.000 toneladas de castanha-de-caju in natura. Na safra de 2010/2011, por causa das condições climáticas adversas, a produção caiu para 26.000. Isso obrigou as indústrias a importar, durante aquele período, a matéria-prima da África.
Na Região Oeste, importante produtora de castanha-de-caju do estado, choveu apenas 342 mm até o mês de abril, quando em situações normais as chuvas chegam a acumular mais de 800 mm no mesmo período.
A adversidade climática deste ano leva o setor agrícola potiguar a projetar que o Rio Grande do Norte enfrentará uma das piores secas dos últimos 30 anos. Essa situação vem preocupando a cadeia produtiva da cajucultura, sobretudo com relação à oferta do produto, uma vez que o estado conta com uma capacidade de beneficiamento de 68.200 toneladas e teme pela ociosidade do parque industrial.
Para atenuar essa situação, as indústrias potiguares já estão formalizando contratos com os países africanos para importar castanha-de-caju in natura, visando suprir parcialmente o déficit da produção do Rio Grande do Norte.
Está provado que o estado precisa avançar no uso de tecnologia para produzir alimentos por meio do processo de irrigação!